Para assinalar os 50 anos da publicação “On the Road” de Jack Kerouac, a cinemateca em colaboração com o Projecto On the Road: Remembering Kerouac, apresenta uma retrospectiva, que continua no próximo mês, dos filmes que contemplam os Road Movies, “pela estrada fora”, um género que começou nos idos anos 60 com “Easy Rider” de Dennis Hopper. Se “Easy Rider” iniciou o ciclo, “Paris, Texas” de Wim Wenders encerra o mês, a passar na próxima sexta-feira.
Fotografia de Dennis Hopper, Los Angeles, 1961
Bombas de gasolina que anunciam um gigante SAVE
E finalmente a produção de mais e mais carros. Frank conta-nos uma história complexa com um mínimo de meios.
O género “pela estrada fora”, também cativou os fotógrafos. Mas deixemos a geração de 60 para trás e vamos olhar para a estrada fotografada pelas gerações seguintes.
Em 1981, Nathan Lyons o fotógrafo que deixou (1969) o seu trabalho de comissário na George Eastman House para criar a Visual Studies Workshop, foi convidado pela editora Landweber/Artists, a organizar um portefólio de vinte fotografias tiradas por vinte fotógrafos, que a própria editora escolhera. A escolha sequencial das imagens de “American Roads”, o tema do portefólio,
Nesses anos, Sal Paradise, o personagem de "On the Road", sem ideia do que procura, percorre as estradas americanas de costa a costa. Sal Paradise, é o reflexo de uma geração, em que movimento e estrada são os ingredientes principais.
Do filme, "No Direction Home", sobre a vida de Bob Dylan, de Martin Scorsese, fotografia de Bruce Davidson e poema de Jack Kerouac.
Com a gasolina barata, o carro passa a fazer parte da vida de qualquer americano, de carro, as extensas distâcias são reduzidas.
Howard Sochurek, revista Life, Dezembro 1952 "Trip to town for a violin lesson is made in the family car, a Lincoln, by Jean Ann Ware, 13-year-old daughter of a wheat farmer. Her mother drives Jean 21 miles to Garden City every Saturday morning".Mas na fotografia, o “On the Road” de Jack Kerouac associa-se ao livro “The Americans”, de Robert Frank, prefaciado, na versão inglesa, de 1959, pelo próprio Kerouac.
E mais uma vez, uma extraordinária sequência do referido livro.
Numa carta aos seus pais referindo-se ao livro, Frank revela os temas “how Americans live, have fun, eat, drive cars, work”. Vejamos então a sequência “drive cars”:
E mais uma vez, uma extraordinária sequência do referido livro.
Numa carta aos seus pais referindo-se ao livro, Frank revela os temas “how Americans live, have fun, eat, drive cars, work”. Vejamos então a sequência “drive cars”:
Robert Frank, Santa Fe, New Mexico
Bombas de gasolina que anunciam um gigante SAVE
Robert Frank, St Francis, gas station and City Hall, Los Angeles
São Francisco parece abençoar a bomba de gasolina em frente,
São Francisco parece abençoar a bomba de gasolina em frente,
Robert Frank, Crosses on scene of highway accident - U.S.91, Idaho
A morte na estrada 91.
Robert Frank, Assembly Line - Detroit
E finalmente a produção de mais e mais carros. Frank conta-nos uma história complexa com um mínimo de meios.
O género “pela estrada fora”, também cativou os fotógrafos. Mas deixemos a geração de 60 para trás e vamos olhar para a estrada fotografada pelas gerações seguintes.
Em 1981, Nathan Lyons o fotógrafo que deixou (1969) o seu trabalho de comissário na George Eastman House para criar a Visual Studies Workshop, foi convidado pela editora Landweber/Artists, a organizar um portefólio de vinte fotografias tiradas por vinte fotógrafos, que a própria editora escolhera. A escolha sequencial das imagens de “American Roads”, o tema do portefólio,
American Roads, fotografia de Dorothea Lange
seria o trabalho de Lyons, tarefa que se afigurava difícil pela diversidade das obras escolhidas. Para Lyons, como já o fora para Robert Frank, a selecção sequencial das fotografias numa obra é primordial, mas conseguir ligações entre diferentes imagens de diferentes fotógrafos de forma que no final a obra seja coerente e simultaneamente imaginativa é uma tarefa complexa. A primeira preocupação de Lyons foi respeitar a intenção de cada artista, a integridade de cada trabalho individual expresso em cada imagem, cada fotografia deveria preservar o seu significado num arranjo global. Lyons tentou então encontrar um fio condutor na progressão das imagens, que evoluisse de ideia em ideia mas que no final se respeitasse o trabalho individual. Lyons disse, “se fosse eu a escolher as fotografias teria mais latitude” e acrescenta “ é impossível obter uma estrutura sequencial verdadeira com fotografias feitas por vinte fotógrafos diferentes”.
Mas ao cabo de algumas horas de trabalho resultou a seguinte sequência:
Mas ao cabo de algumas horas de trabalho resultou a seguinte sequência:
Roger Minick, Airstream at Monument Valley, Arizona, 1979, para ver melhor aqui
Mark Klett, Storm Clouds over Eastern Idaho, 1980, para ver melhor aqui
Henry Wessel, Jr., Tucson, Arizona, 1974, para ver melhor aqui.
Harold Jones, Baptism, Sabino Canyon, Tucson Arizona, 1976, para ver melhor aqui.
Frank Gohlke, Aerial View, Tulsa, Oklahoma, 1981, para ver melhor aqui.
Tod Papageorge, Burbank, California, 1973, para ver melhor aqui.
"The Minick is a good first print, combining interesting subtle things: the car motif; the elegant mechanistic quality of the trailer in the landscape. The Klett is a countermove to the Minick, with the introduction of his written text and the reverse placement of the car. The progression of format (rectangle, panorama, multiple image, use of text) and formal structure within the frame help make sense out of the flow of images as it continues.
Jim Alinder, A Joy Forever, Roadside, Florida, 1974, para ver melhor aqui.
Nathan Lyons, untitled, 1968, para ver melhor aqui.
Robbert Flick, east of Lancaster, along Highway 14, California, 1981, para ver melhor aqui.
Elaine Mayes, Pegasus, 1972, para ver melhor aqui.
Barbara Crane, Bus People, 1975, para ver melhor aqui.
Steve Fitch, Dinosaur, Highway 40, Vernal, Utah, 1974, para ver melhor aqui.
Alinder’s use of text forms a counterpoint to Klett’s; the Mayes and Fitch photographs counterpoint the Flick and Crane. That is, they reiterate a visual idea through change and not direct repetition. "I’ve also had to deal with the multiple problems of integrating color and black- and-white. Putting one of the color prints against any of the black-and-white’s doesn’t seem to work. What's needed is a carefully graded progression from black-and-white to color to carry off the shift of attention.
Michael Becotte, untitled, 1974, para ver melhor aqui.
Michael Bishop, untitled, 1974, para ver melhor aqui.
Ken Brown, Pink Trailer Tilt, 1976, apra ver melhor aqui.
Robert W. Fichter, Air Power, 1979, para ver melhor aqui.
Joel Sternfeld, Exhausted Renegade Elephant, woodland, Washington, 1979, para ver melhor aqui.
Victor Landweber, S.N. Ward and Son Mobil Service, Pasadena, California, 1978, para ver melhor aqui.
Barbara Jo Revelle, untitled, 1981, para ver melhor aqui.
Robert A. Widdicombe, Cadillac Ranch, Amarillo, Texas, 1979, para ver melhor aqui.
Becotte's toned print, restating the image of the road, initiates the shift, making easy the transition to Bishop’s simple palette. The pink in Ken Brown’s image reiterates the overall pinkish tone of Becotte’s, and the limited hand-coloring of Fichter’s photograph refers back to the simplicity of Bishop’s. The Sternfeld, Landweber and Revelle are linked by the intimation of danger on the road. And the series is climaxed by the ambiguous, monumental finality of Widdicombe’s image, its elegant color returning us to the elegance of Minick’s first black-and-white."
E como exercício o leitor pode agora dar asas à sua imaginação e fazer a sua sequência.
outro link aqui
E como exercício o leitor pode agora dar asas à sua imaginação e fazer a sua sequência.
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1 comentário:
diria antes um acto falhado...
obrigado pela correção.
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