Quando em Outubro escrevi “Os mistérios da fotografia a cor”, o fotógrafo Saul Leiter, ficou de fora e reconheço a injustiça. O texto já ia longo, as imagens muitas, e Leiter acabou mesmo por não entrar. Mas Leiter era um dos exemplos perfeitos para entrar naquele post. Hoje a Fundação Henri Cartier-Bresson inaugura uma retrospectiva da sua obra, e ontem Leiter na vernissage deu uma entrevista que podemos seguir aqui onde nos conta, com candura, como começou a fotografar a cor: “entrei numa loja e comprei um rolo a cores, depois gostei do resultado”. O ano, era 1948, e Leiter, mais um dos milhares de fotógrafos que pululavam nas ruas de Nova Iorque. Depois a fotografia de moda.
Em 1946 deixara a escola de Cleveland, por Nova Iorque, queria ser pintor. Richard Pousette-Dart, um pintor do expressionismo abstracto, incita-o a fotografar e a exposição dedicada a Cartier-Bresson no MoMA, em 1947, convence-o.
Em 1957, era a vez de Steichen ilustrar a sua conferência “Experimental Photography in Color”, no MoMA, com algumas das fotografias a cor de Leiter.
Depois o total esquecimento, o tal mistério da fotografia a cor. Só em 2005, é que a sua obra a cor vê novamente a luz do dia, pela mão da sua galeria, Howard Greenberg Gallery, em “Early Color”. No ano seguinte, 2006, é a Steidl que edita o livro, "Early Color”.
Agora a Fundação Cartier-Bresson apresenta pela primeira vez o trabalho pessoal de Leiter em França.
Em 2004, a Fundação reconstituia “Documentary e Anti-Graphic”, a exposição, que Julien Levy, organizou em Abril/Maio de 1933 na sua galeria em Nova Iorque, onde juntou os três fotógrafos: Cartier-Bresson, Walker Evans e Alvarez Bravo. O grafismo do convite apelava à inovação.
Este ano, antes da exposição de Leiter, Helen Levitt. A repetição de sempre,
PS: veja aqui os livros de Leiter.
Sem comentários:
Enviar um comentário