O saisdeprata-e-pixels faz hoje um ano. Há um ano comecei a escrever sobre fotografia a olhar para o cinema, mais precisamente para o doclisboa 2006, o grande festival de cinema documental que este ano, na 5ª edição, está prestes a começar. Há um ano a restrospectiva do doclisboa centrou-se no realizador Amos Gitai, (n.1950, Haifa). Vi a genialidade dos documentários de Gitai, que explora a História do Médio Oriente incluindo a sua própria história pessoal. Este ano a retrospectiva incide no realizador polaco, Lech Kowalski, que como nos diz o programa “foi o testemunho do apogeu e queda do punk e registou a década de 70 em Nova Iorque”, vale a pena espreitar o site. “Winners and Losers”, o mais recente filme de Kowalski, leva-nos a rever o final do Campeonato do Mundo de Futebol de 2006, exclusivamente a partir dos espectadores italianos e franceses que seguiram a partida pela televisão. Os jogadores em campo nunca os vemos. Estamos em casa, nos cafés, nos stadiums a olhar para os tiques e reações que nos revelam as esperanças e receios, afinal os espectadores são o espelho do que se passa no campo.
William Klein, o fotógrafo amigo de Fellini que fotografou Roma a pensar em “La Dolce Vita”, também ele em 1981, documenta em filme, um outro grande evento desportivo, o Open de Ténis francês, Roland Garros.
Como já tem sido hábito, para além da retrospectiva, o festival doclisboa divide-se em outras sessões e este ano “Vento Norte” dá-nos o panorama da recente expansão do documentário no Norte da Europa (Dinamarca, Suécia, Noruega, Filândia). Como nos explica a organização, “aclamados em festivais, os filmes nórdicos surpreendem ora pela qualidade formal, ora por um humor insólito. No último Paris Photo,
“Riscos e Ensaios”, outra secção do doclisboa, está vocacionada, como nos revela a organização, “para debater a forma e a escrita dos filmes, em particular obras arriscadas, que se situam na fronteira entre o documentário e a ficção, diálogo tão antigo quanto a história do cinema”. “Me and my Brother”, 1968, o filme de Robert Frank, recentemente editado pela Steidl,
Já em “Sessões Especiais”, podemos ver Spike Lee com o seu “When the Levees Broke”: são os destroços deixados pela passagem do furacão Katrina em Nova Orleães.
No programa do doclisboa 2007 lemos o seguinte : “O documentário “foi assunto” e criou-se uma nova consciência da sua enorme riqueza, diversidade e potencialidades”. No ano passado foram mais de 20.000 os espectadores do festival, este ano esperam 30.000. Há um ano, no primeiro post deste blog, questionava se a fotografia documental também era “assunto”e reflectiu-se sobre a questão: está ou não em crise a fotografia documental.
Mostrei novos horizontes e outras abordagens, Jeff Wall, com o seu Dead Troops Talk, foi um dos exemplos. Comparei Dead Troops Talk,
As fotografias de Robert Polidori, Edward Burtynsky, Mitch Epstein, são alguns exemplos que persistem em manter vivo o verdadeiro documento que é a fotografia.
5 comentários:
Parabens pela manutenção do blog! Espero continuar a ler os seus textos :D
PARABÉNS Madalena!
E muito obrigado!
Pelo 1º aniversário dos saisdeprata-e-pixels e pelos muitos e muito interessantes posts!
Muitas felicidades e... muitos anos de posts! Cá estamos todas as manhãs esperando por novos olhares...
Com amizade
AB
Parabéns pelo primeiro aniversário!
(ahhh... e o post é magnifico...)
Parabens!!!
Muitos anos de posts!
um obrigado pela minha leitura matinal.
É de facto um ano notável em posts, por onde saltitaste todas as semanas para diferentes geografias conceptuais da fotografia. Uma visão indespensável.
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