sexta-feira, janeiro 05, 2007

As exposições de 2006

No início de cada ano, é comum a crítica, apresentar as melhores exposições do ano anterior.
Vou fazer o mesmo e referir duas das exposições que mais gostei no ano de 2006:
“Olhares Estrangeiros”, na Fidelidade Mundial Chiado 8, fotografias da colecção da Caixa Geral de Depósitos e comissariada por Jorge Calado e
“Fernando Lemos e o Surrealismo”, no Sintra Museu de Arte Moderna, fotografias e outras obras da colecção Berardo, comissariada pelo Sintra Museu.

“Olhares Estrangeiros”



O percurso é temático e não cronológico. As três salas, de cores diferentes, participam no ritmo magnífico da montagem.



“Uma fotografia é uma viagem da imaginação, sem guia. Ao percorrer uma exposição, cada um vai por onde quer, pára onde lhe apetece. A sequência é esta, mas podia ser outra; as histórias é que seriam diferentes. Num livro, numa exposição, não se aplica a propriedade comutativa. As imagens são como cartas de jogar; pode-se sempre baralhar e voltar a dar.” Jorge Calado.


"Quando Harry Callahan visitou Portugal em 1982, já trabalhava exclusivamente a cor....Mas as ruas portuguesas,..., estão estranhamente desertas. Callahan concentra-se na expressão das fachadas, em especial nas revestidas a azulejos ou pintadas com cores primárias (verde e rubro) da bandeira portuguesa.”Jorge Calado








"Fernando Lemos e o Surrealismo"




“Nasci na Rua do Sol ao Rato, em Lisboa em 1926. Fui para o Brasil em 1952.

Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, director de museu, assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos, conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai de filhos, bolseiro, e tenho duas pátrias, uma que me fez e outra que ajudo a fazer. Como se vê, sou mais um português à procura de coisa melhor.” Fernando Lemos






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