Ao longo do tempo sentimos constantemente a necessidade de mudança, de reclamar uma nova imagem visual, e a realidade que já foi fotografada, mesmo que continue a existir deixa de ter importância. Mas ao longo da história da fotografia a genialidade acontece. A realidade de Walker Evans ficou na consciência de Robert Frank e de alguns outros, e foi génio quem conseguiu fotografar a realidade antiga de forma inovadora. Mas na década 1980 a realidade ficou esgotada e a fotografia parecia estagnar-se, os fotógrafos à volta dos mesmos temas e fórmulas repetiam-se. Era altura de fotografar uma nova realidade. Deixou-se de fotografar o que se via e passou-se a fotografar as ideias, o novo real passou a especulativo, visto existir na mente e não na vida. A maioria dos fotógrafos deixou de andar na rua. Muitos encontraram a solução no próprio corpo que servia de matéria prima, outros como Jeff Wall, construiram e encenaram uma nova realidade.
Agora as ideias repetem-se, e sente-se novamente a necessidade de mudança. Uma nova geração regressa ao real, às imagens de lugares no mundo, Marta Sicurella faz parte desta nova geração.
Amanhã inaugura pelas 19 horas no Arquivo Municipal de Lisboa/ Arquivo Fotográfico “Vesúvio- Exposição de Marta Sicurella”.
Sicurella, nasceu no ano de 1978 em Parma, Itália, mas vive e trabalha em Lisboa.
Já participou em exposições individuais, (Galeria 24b em Oeiras, galeria Lisboa 20), e em exposições colectivas, (Fundação Gulbenkian, inserida na bienal “Sete Artistas ao Décimo mês”e na XII Biennial Naples, ambas em 2005).
Em 2004, recebeu o prémio Pedro Miguel Frade atribuido pelo Centro Português de Fotografia e foi no CPF que no ano passado expõs “Vesúvio”. Quem não teve a oportunidade de ver, como eu, pode até ao dia 16 de Junho visitar “Vesúvio” na Rua da Palma, 246.
1 comentário:
oi sou sicurella tambem gostaria de saber se somos decendentes da mesma familia.moro no brasil e gostaria de um contato com vc.
Enviar um comentário