Li há já alguns dias, num jornal, um artigo que referia algumas sugestões sobre como fazer um blog. Entre as várias sugestões propostas, escolher nomes próprios para dar credibilidade, linkar outros blogs, etc, a escolha do título chamou-me a atenção. Segundo o artigo, existem palavras-chave de pesquisa, e referiam uma porção delas, que se incluidas no título podiam aumentar o número de visitantes.
Embora não referenciado nessa lista, reparei que fotolivro é uma palavra- chave que frequentemente é pesquisada na internet, o que achei interessante e curioso. Pelo interesse que também a mim me suscitam os livros fotográficos ou fotolivros, uma palavra recente, vai ser então o tema de alguns posts.
O livro fotográfico, é tão antigo como a própria fotografia, “The Pencil of Nature” de Fox Talbot 1844, é um exemplo. Contudo a sua história é recente, como referi no post “Fotolivro, um novo mercado emergente”. Não é sobre os livros que contam a história do fotolivro que vamos ver, antes dar a ver livros, que pela sua criativa composição fotográfica se tornaram em casos paradigmáticos.
Quando em 1947 Robert Frank chega a Nova Iorque, mostra a Alexey Brodovitch (1898-1971), o criativo designer e director artístico da revista Harper’s Bazaar, o livro 40 Fotos, (1946),
O livro que Frank mostra a Brodovitch não segue uma narrativa nem conta uma história, o conjunto destas 40 fotografias, síntese dos vários trabalhos que fizera na Suiça enquanto fotógrafo comercial, estão dispostas lada a lado de forma a interagirem e a modificar muitas vezes o significado original da fotograifa isolada. Frank não só contrasta ideias mas também sensações, quente/frio, silêncio/ruído...
Brodovitch seduziu-se, percebera o potêncial gráfico da fotografia de Frank e contrata-o.
Mas Frank também se seduziu por “Ballet”, 1945,
Esta nova maneira de ver, esta invenção fotográfica expressa em “Ballet” irá ser determinante em Frank e em muitos outros fotógrafos.
Farto do trabalho em Harper’s Bazaar, “there was no spirit there,...the only thing that mattered was to make more money”, diz Frank mais tarde, fá-lo partir em 1948 para a América Latina. Vários meses a fotografar zonas rurais Frank diz “...I was like an action painter...”. Quando regressa, “Black, White and Things”, (1953) será o reflexo dessa viagem e o germe de “The Americans”, mas não só, será também a sua reacção ao livro “The Decisive Moment” de Henri Cartier-Bresson de 1952.
Vamos vê-lo no próximo post.
1 comentário:
fico na expectativa de conhecer essa decisiva reacção.
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