Encontra-se à venda a 2ª edição, aumentada e revista do livro “The Nature of Photographs” de Stephen Shore.
Não se trata de um livro das suas fotografias, mas de um livro em que Shore, num outro papel, o de professor, nos ensina a olhar para as fotografias. Shore é professor e responsável pelo programa de fotografia na Bard College, Annandale-on-Hudson, New York desde 1982.
Em “The Nature of Photographs”, Shore selecciona fotografias de anónimos, conhecidos e algumas suas e através delas obriga-nos, a nós leitores a seguir o seu pensamento visual. Para ele “focus, frame, time and space” são o fundamento da fotografia.
Ao ler o livro deparei com Amarillo, Texas uma das fotografias de Shore.
Em “The Nature of Photographs”, Shore selecciona fotografias de anónimos, conhecidos e algumas suas e através delas obriga-nos, a nós leitores a seguir o seu pensamento visual. Para ele “focus, frame, time and space” são o fundamento da fotografia.
Ao ler o livro deparei com Amarillo, Texas uma das fotografias de Shore.
Stephen Shore, Amarillo Texas, 1972
Amarillo no Texas
fazia parte da Route 66, e seguir essa Route é ainda hoje seguir o mito do “on the road trip” americano,
é seguir Jack Kerouac no seu livro “On The Road”, Denis Hopper, no seu filme “Easy Rider” e Robert Frank nas suas fotografias de “The Americans”.
Agora é a vez de Shore fazer esse trilho e em 1972, deixa Nova Iorque com um amigo e seguem até Amarillo no Texas.
No início, c.1880, chamou-se Oneida, mas cedo mudou o nome para Amarillo, “meaning yellow in Spanish”, porque na primavera as flores nos campos de Panhandle que atravessam esta região do Texas trasformam os campos numa só cor, o amarelo. Shore vê Amarillo em vermelho, e só com alguma concentração percebemos que afinal a perturbar esta cor há um pacote de leite.
As fotografias de Shore são o “on the road trip” a cores. Mais um diário de viagem, das estradas, dos cruzamentos, dos moteis, mas agora também os pancakes...
Agora é a vez de Shore fazer esse trilho e em 1972, deixa Nova Iorque com um amigo e seguem até Amarillo no Texas.
No início, c.1880, chamou-se Oneida, mas cedo mudou o nome para Amarillo, “meaning yellow in Spanish”, porque na primavera as flores nos campos de Panhandle que atravessam esta região do Texas trasformam os campos numa só cor, o amarelo. Shore vê Amarillo em vermelho, e só com alguma concentração percebemos que afinal a perturbar esta cor há um pacote de leite.
As fotografias de Shore são o “on the road trip” a cores. Mais um diário de viagem, das estradas, dos cruzamentos, dos moteis, mas agora também os pancakes...
Stephen Shore, Amarillo, Texas, july 1972
Stephen Shore, Amarillo, Texas, 1974/77
As fotografias de Shore fazem parte de um diário minuciosamente pessoal, dia, hora, local, são o diagrama dos seus movimentos. O espectador assiste, às pessoas que encontra, ao que come, as casas por onde passa,...como ele próprio diz “showing people what they’re not seeing”. James Enyeart escreve o seguinte “Shore has said that people compare his work to that of Walker Evans, but never ask why Evans photographed the subject he did, as they do ask Shore”.
Recentemente também Phaidon reeditou “Stephen Shore: American Surfaces” (1972), e vale bem a pena seguirmos viagem com Shore.
Recentemente também Phaidon reeditou “Stephen Shore: American Surfaces” (1972), e vale bem a pena seguirmos viagem com Shore.
Nota, se tiver interesse veja esta entrevista de Shore à revista Newsweek a falar de Amarillo
7 comentários:
muito interessante este blog,pena alguns dos links nao estarem a funcionar
muito interessante este blog,pena alguns dos links nao estarem a funcionar
se não for maçada pode dizer quais é que tentou e não conseguiu entrar, para poder corrigir
para o caso de não conhecer, fica o link de um blog que creio será do seu agrado:
http://oseculoprodigioso.blogspot.com/
(não sou o autor)
não tem o fôlego do seu, ao nível da reflexão/ensaio, mas é um óptimo divulgador da arte visual do século XX - fotografia e pintura, essencialmente.
Deixo-lhe uma história curiosa que o Stephen Shore nos contou durante o curso na Gulbenkian. Muitas vezes, durante as suas viagens de trabalho, quando se encontrava em momentos de impasse criativo, a forma que encontrava para ultrapassar esses momentos era viajar até à cidade seguinte e reflectir do seguinte modo: Que tipo de fotografias Walker Evans faria nesta cidade?
Assim, ao colocar-se no mind frame de um outro fotógrafo, era capaz de se libertar dos seus bloqueios criativos.
Além de revelar uma honestidade e humildade impressionante de Stephen ShoreEste, é também mais um testemunho da importância de Evans para a história da fotografia.
obrigado Carlos Lobo por nos contar essas histórias, para mim são mais interessantes do que ler as biografias dos fotógrafos.
Agradeço a informação oseculoprodigioso, não conhecia este blog, fui ver e gostei
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