sábado, março 31, 2007

A colecção fotográfica do Musée d'Orsay

Até ao dia 27 de Maio no musée d’Orsay pode-se ver “La photographie au Musée d’Orsay. 20 ans d’acquisitions: 1986-2006”.
O nome atribuído aos museus franceses, na sua maioria designa pouco do seu conteúdo. No caso do musée d’Orsay, constituido na origem por obras provenientes do Louvre, Jeu de Paume e do Musée National d’art Moderne, pensava-se num museu que reunisse a criação artística do mundo ocidental no século XIX, mas posteriormente o século XIX reduziu-se ao período 1848 a 1914. Era difícil agora dar um nome que designasse o conteúdo do museu. Ficou Musée d’Orsay pela próximidade do quai com esse nome.
No ano passado curiosamente os franceses viram-se a braços com o mesmo problema. A escolha do nome do Musée du Quai Branly, sofreu também uma evolução semântica. O museu que reune obras do Musée national des arts d’Afrique et D’Océanie e do departamento de etnografia do Musée de L’Homme, começou por se chamar, Musée des arts premiers depois Musée de L’Homme, des arts et des civilizations para acabar em Quai Branly, novamente era a proximidade do quai a dar-lhe o nome.
A atribuição de um período específico ao Musée d'Orsay é problemático. No caso da fotografia, quando em 1979 se pensou constituir uma secção de fotografia, nenhum outro museu de Belas Artes tinha uma secção reservada à fotografia, teria que se constituir uma colecção, pois o museu partia do zero ao contrário da pintura e escultura, não fazia sentido começá-la a partir de 1848, pois a fotografia existia desde 1839. Definiu-se então para a fotografia um período mais alargado de 1839 a 1918. Para saber as obras que constituem a colecção click aqui. Serge Lemoine quando assume a presidência em 2001 é acolhido friamente. É acusado de não ser um expert em século XIX e receava-se o pior. O pânico veio quando em 2003, Lemoine e Pascal Rousseau, um Universitário ou seja alguém de fora, a comissariar “Aux origines de l’abstraction 1800 – 1914”. O período 1848 a 1914 causaria problemas a qualquer outro, mas Lemoine ultrapassa-o pois para si não há ruptura e trata o século XIX na contemporaneidade. Para a exposição entrava-se através de uma vibração luminosa de cores alternadas, criação de uma jovem artista belga, Ann Veronica Janssens, que abordava a questão da percepção da cor no espaço, pois luz e música foram os ingredientes principais da abstração. A exposição foi um êxito, e as vozes discordantes foram rareando. Lemoine é fotógrafo amador, e é sua a iniciativa de criar uma galeria dentro do museu dedicada à fotografia. Não é pois de estranhar, no ano em que o museu comemora os seus vinte anos Lemoine dedique uma exposição à colecção fotográfica do museu. Aqui ficam algumas imagens:

Charles-François Jeandel, Limoges 1859?, Cianotipo, 12 x 17 cm
Anón. Woman on the Deck of Yacht, c1893-1900, from an album.
Constant Puyo, Washerwomen in Britany, c.1895, 17,5 x 5,4 cm
Henri Rivière, worker on Eiffel Tower, 1889, 11,8 x 8,5 cm

3 comentários:

outroblog disse...

não resisti...peguei numas coisas suas de picasso e ...pimba, copy paste para o meu blog....com a devida linkagem ao seu.

espero que não leve a mal....

:))

Madalena Lello disse...

não levo a mal e fico satisfeita mas qual é o blog?

outroblog disse...

ahahah....pensei que soubesse
www.blog-sem-filtros.blogspot.com


mais fácil carregar no meu nick e vai lá ter......é um blog muito simples comparado com a riqueza informativa deste seu espaço

apareça....