No post de ontem, Joel Meyerowitz, um nova iorquino de gema estava em Cape Cod no dia 11 de Setembro, fotografou Manhattan poucos dias antes, ainda com as torres, e fotografou Manhattan depois, a limpeza dos destroços das torres no ground zero, Manhattan sob a tragédia só a viu em filme. Dos fotógrafos da Magnum que estavam em Nova Iorque nenhum foi a tempo de fotografar o ataque dos aviões, nem mesmo os dezoito minutos de intervalo foram suficientes, quando olharam já ambas as torres ardiam.
Passado oito semanas do ataque, a Magnum editou o livro New York September 11, Magnum Photographs.
Neste post o testemunho desse dia pelos fotógrafos da Magnum: Susan Meiselas, Larry Towell, Thomas Hoepker, Steve McCurry e Gilles Peress.
Steve McCurry, avisado do que acontecia subiu para o telhado e comenta mais tarde: “I have an unobstructed view of all of downtown from the top of my building…I had seen these buildings every day from my window, to have them crumble, it’s like ripping your heart out”.
Susan Meiselas não quer acreditar no que se passa, acorda Larry Towell, colega hospedado em sua casa para o meeting anual da agência. De bicicleta vai para o local, já o segundo avião se despenhara na segunda torre gémea. Meiselas chega a tempo de fotografar a fuga das pessoas com a queda da torre 2 marcavam 9:55 a.m. a outra cairia às 10:29 a.m.
“As I tried to get through the police barricades on Church Street, the first tower began to implode. People screamed and ran; some ran straight into me.
Larry Towell segue a pé, o único a fotografar a preto e branco. Não sabe como focar pelo intenso fumo e pó, e não sabe o que focar, tal a tragédia que se desenrola à sua volta, decide focar as pessoas.
“A policeman runs from ground zero after the attack of World Trade Center”
“A dazed man picks up a paper that was blown out of the towers”.
Thomas Hoepker,
Gilles Peress, fotografa as pessoas a fugirem da cidade pela Brooklyn Bridge,
Faz hoje seis anos, e o Ground Zero continua sem torres, improvisou uma pequena piscina onde familiares e amigos prestam mais uma homenagem às vítimas dos ataques.
1 comentário:
Em diferentes lugares, em diferentes espaços, por sorte ou por acaso, as imagens complementam-se e dão o registo, a imagem, não só da 'notícia', do 'acidente', mas da própria cidade - quantas vezes no momento esquecida pelo impacto (passe o termo) da notícia e do evento, que captam toda a atenção e olhares.
E o olhar do post, panorâmico e detalhado, como sempre, fabuloso. Não esqueço o post de 10.9...
Obrigado, mais uma vez
António Bracons
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