logo de início, numa entrevista, disse que o modelo e o programa adoptado pela instituição quando esta foi criada em 2000, chegara ao fim “When I arrived here, the first decision I took was, okay, it was good while it lasted, but now it needs a radical change”. A mudança de Todoli é visível mesmo nos átrios de entrada das salas onde se apresentam as obras da colecção. Num placard gigantesco, que se reproduz nos vários pisos, a história da arte do século XX , o período representado pela colecção, é apresentada por décadas e de forma cronológica. A Tate Modern propõe uma nova leitura da história da arte dos últimos cem anos ao considerar no conjunto dos movimentos artísticos a história da cultura fotográfica. Num diagrama simples, movimentos e artistas, são apresentados ao longo do painel. Se a fotografia há muito entrou nos museus, o primeiro foi o Museum of Modern Art de Nova Iorque (MoMA) na década de 1930, agora é a história de um olhar fotográfico e os seus movimentos, que entra pela primeira vez num museu, na Tate Modern. É este diagrama, de uma nova história da arte do século XX que não esqueçe a evolução do olhar sobre a realidade, que quero mostrar aos leitores deste post e simultâneamente farei links a posts antigos de fotógrafos e movimentos relacionados com os mesmos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJqjhJ7sXhiyKK4N78Yh1u6Hlypnsc1odSm7D4MoJZjR6xAWmYHFdSNR8-XqvzbDkdBt_2WRZ5D_8L0cdK690TpnA3XbKINdEQP64Zpe744TZiTpyJMlXn7o1gk_i1W9q3ZPnL0Q/s400/Doclisboa+017+%5B800x600%5D.jpg)
Mas antes de entrarmos pelos anos 1920, vêm Dada com Man Ray, Hannah Hoch, John Heartfield, Marchel Duchamp e tantos outros. O Constructivism na Rússia, as novas vanguardas com Alexender Rodchenko , El Lissitzky,
Segue-se Tina Modotti, a fotógrafa italiana que da Califórnia foi para o México, mas o México, Mexican Murals, com David A. Siqueiros, Diego Rivera...não a querem ao pé.
Mais junto à fronteira de 1940, vem o Photo-Journalism, com Lee Miller, Henri Cartier-Bresson e Robert Capa. Falta David Seymour para juntar os três grandes da Magnum, (Cartier-Bresson, Capa e Seymour). Com o fotojornalismo iniciei eu este blog, não nas épocas da guerra civil espanhola de Robert Capa, nem o rescaldo dos horrores da segunda guerra mundial de Lee Miller, mas outras guerras têm sido reveladas.
Seguem-se os anos 60, com o Minimalism, Sol Le Witt que faleceu este ano pode também ser visto mais uma vez aqui .
Durante a década de 1970, dois grandes movimentos para a fotografia, Conceptual Photography, com Dan Graham, Ed Ruscha e aqui, Cindy Sherman e Victor Burgin. E o Photo-Realism com Malcom Morley, Richard Estes, Chuck Close.
Antes de Vídeo and Film, Jeff Wall logo no início de 1980, e Hiroshi Sugimoto já no fim. No vídeo e um pouco à semelhança de Picasso, falta Nam June Paik,
mas Bill Viola não foi esquecido, porque também um dos preferidos, dois clicks, aqui e aqui para Bill. Depois pelo meio sem associação a nenhum movimento, os artistas que gostam da cópia da cópia, Richard Prince e Sherri Levine.
E na década de 1990, a escola de Dusseldorf, tão preferida pelos coleccionadores, a pagarem exorbitâncias por Andreas Gursky. Bernd e Hilla Becher, os fundadores do movimento com os discípulos a gravitarem à volta, Candida Hoffer, Thomas Struth e o Thomas Ruff.
Wolfgang Tillmans, também ele alemão prefere estar longe destes seus contemporâneos, vêm mais cá para baixo isolado de qualquer movimento.
Mas a inovação proposta por Todoli na Tate, não se fica pela nova abordagem à história do século XX mas também no seu conceito de “piazzas”. “I also call them piazzas or squares. My feeling was that Tate Modern was too much like a corridor, so visitors were very much directed down it. I don’t like that. I think the visitors should always be masters of their own destiny. Art is about individuals and their own visions are summed up to create a kind of common feeling, whether that is based on consensus or dissent. So there are the squares or piazzas where people get together and talk, like the idea of the agora in the Greek city. So I thought let’s create a place of conversation and let the artists do the talking”.
No próximo post, na sala onde agora se pode ver “Poetry and Dream” vamos ao encontro de Francesca Woodman em conversa com os surrealistas.
No próximo post, na sala onde agora se pode ver “Poetry and Dream” vamos ao encontro de Francesca Woodman em conversa com os surrealistas.
Só queria aproveitar para dar os meus parabéns, o blog está muito bem estruturado e é um dos mais interessantes que vi até agora. Parabéns.
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