“Signes/Signs” está em exposição no Centre Culturel da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris. Não se trata de uma retrospectiva das fotografias de Mark Power, diz o comissário Jorge Calado, antes uma escolha subjectiva, a sua, do trabalho de Power ao longo de mais de vinte anos. De fora ficaram algumas fotografias simbólicas para Power, outras foram resgatadas da gaveta já um pouco esquecidas. O objecto principal está muitas vezes ausente, escreve Jorge Calado no catálogo, e em toda a obra de Power somos obrigados a procurar sinais e indícios, como esta cruz iluminada na Polónia católica.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD9vU4jn6jAJy6d1_ZCAJYsq54vT6XPpthyphenhyphensbZjfnOigGhTaazdT4Vf2ZnmbBmPAaL5OabWILwzM7AHeuUwCzAKgli3vMszyswV0wLY2ronzicYRUUHUZmLXisGH2-eV2jAtV3/s400/Power+009+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Warszawa, Pologne, 2005. Da série A Sound of Two Songs.
Signes/Signs o nome escolhido para a exposição.
Power, que se diz fotógrafo documental, iniciou-se como fotojornalista, e reconhece, que se tivesse continuado a ilustrar textos para os jornais e revistas, viveria hoje numa situação difícil. Não foram os vídeos amadores, interroga-se Power, que filmaram o tsunami, a onda gigante, a aproximar-se da praia? E no ano seguinte, 2005, não foram os vídeos feitos pelas câmaras de vigilância do metro de Londres que revelaram ao mundo, os suspeitos de mochilas às costas a descerem as escadas rolantes em direcção aos cais?
“As a consequence” continua Power, “a different space has opened for documentary practitioners (something I consider myself to be), a space free from specific events, (…), where it is first and foremost about ideas”. E os seus projectos podem durar anos, como a Polónia, que iniciou em 2004 e que continua a fotografar, o primeiro projecto em que trabalho de encomenda se mistura com o trabalho pessoal.
Para Power, que trabalha em projectos pessoais e de encomenda, a fotografia só faz sentido em conjuntos de séries, a fotografia isolada, autónoma, não lhe interessa. Mas para a presente exposição, Power renuncia ao seu conceito de “projecto”, com início meio e fim, e consente que as fotografias sejam retiradas do seu contexto e sigam uma outra ordem, a escolhida pelo comissário. É pois compreensível que para Power não foi fácil ficar à distância e esperar pelo resultado final de “Signes/Signs”, o receio de uma abordagem pessoal mesmo de alguém como Jorge Calado, que considera brilhante e em quem confia.
Jorge Calado, o observador de fora, olhou para o trabalho de Power, e percebeu características, afinal sempre presentes ao longo de tantos anos. Acima de tudo um trabalho autobiográfico
Power, que se diz fotógrafo documental, iniciou-se como fotojornalista, e reconhece, que se tivesse continuado a ilustrar textos para os jornais e revistas, viveria hoje numa situação difícil. Não foram os vídeos amadores, interroga-se Power, que filmaram o tsunami, a onda gigante, a aproximar-se da praia? E no ano seguinte, 2005, não foram os vídeos feitos pelas câmaras de vigilância do metro de Londres que revelaram ao mundo, os suspeitos de mochilas às costas a descerem as escadas rolantes em direcção aos cais?
“As a consequence” continua Power, “a different space has opened for documentary practitioners (something I consider myself to be), a space free from specific events, (…), where it is first and foremost about ideas”. E os seus projectos podem durar anos, como a Polónia, que iniciou em 2004 e que continua a fotografar, o primeiro projecto em que trabalho de encomenda se mistura com o trabalho pessoal.
Para Power, que trabalha em projectos pessoais e de encomenda, a fotografia só faz sentido em conjuntos de séries, a fotografia isolada, autónoma, não lhe interessa. Mas para a presente exposição, Power renuncia ao seu conceito de “projecto”, com início meio e fim, e consente que as fotografias sejam retiradas do seu contexto e sigam uma outra ordem, a escolhida pelo comissário. É pois compreensível que para Power não foi fácil ficar à distância e esperar pelo resultado final de “Signes/Signs”, o receio de uma abordagem pessoal mesmo de alguém como Jorge Calado, que considera brilhante e em quem confia.
Jorge Calado, o observador de fora, olhou para o trabalho de Power, e percebeu características, afinal sempre presentes ao longo de tantos anos. Acima de tudo um trabalho autobiográfico
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij0vIRC0t2S-rwM-4OWWkbTAgsZRZbwm-HRSqv-OiNZokcDz9fDPZYiEa5ah8f4rImYGi6ELhPKOwGoPcGohjO21aLGZeZWnn9_Z5NnAPprSyP_JlzTBvFsCj0_wKPndzFobMp/s400/Power+007+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Sheffield, Angleterre, 1985. Da série The Children's Society.
onde se pressente uma constante solidão que espelha a infância solitária de Power, como se pode ler nos seus textos aqui publicados. Se na maioria das suas fotos as pessoas estão ausentes,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiVnlp8sqaUcevrjNwrx1AyCBQZhlZVbASKyKVGF8ngpoLSxj_MsIh9i2jQMkHDt3_urGCOD-XcG3oitFklfN9True8j9qt5QGwdG3VrYlVUqJWzb4aAkZfdnFJQUkC4Vjcaiu/s400/Power+021+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Dobrzyn nad Wistq, Pologne, 2006. Da série A Sound of Two Songs
quando aparecem, ou estão sózinhas
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheWUJ59X_QLJjm12zBktrF99Mr_O5mkJmDG2ha5Ryzn4ymOf2esTIKLjfnQsb1-z0LsdNh5Iz95kg7x4EtEN0A0c_yXzVnusoBLpcLHT0Rf6_NIFw3Yz7MfnT4l29GdCO5hcXH/s400/Power+001+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Milik, Pologne, 2004. Da série A Sound of Two Songs
como este rapaz que espera o autocarro, ou diluidas no conjunto, “que é uma outra forma de solidão”.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTNfL-6NSG20L4BJ29nRG1YNKQM_hyphenhyphenu52CnUKZ2KVFzz43o6qNXOgzofDh5sb6j0zInURnZbhKhwbd5BCAMAQZGH6tuX5V8kXgoIyXiL-Nuao5-BF1e406lhRm2b5gbYOJEvIn/s400/Power+005+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Warszawa, Pologne, 2005. Da série A Sound of two Songs.
E o mar, outra referência na sua obra. “The Shipping Forecast”, que iniciou em 92, tem como ideia o boletim de previsões da metereologia marítima, emitido pela rádio - BBC, quatro vezes ao dia, que Power ouve desde criança.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYMekOc5B_kZ12-iRFI1Yl0oGUWlSyqHptQ3WDHfwSbQt3-Oc1EV-cLqhaaONvv1OnLUNoJ9o-akag-XIY-Mv2-tkc10Y8HrgIK_kEkl-57YnFoBHJQ5xT3csrfcy-u5kHLUNp/s400/Power+020+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Biscay, Saturday 27 July 1996, Northerly 4 or 5 backing northwesterly 3. Mainly fair. Moderate with fog patches in north. Da série The Shipping Forecast.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE8QB-o7aWCsRAmTUPUn-jQvoXiX_kuqnO3yGyabJXiD-kZgbMS1Fpp-KucTwzoxY53YRiAXjI2Usch8gAOyg0KvFpXT5EOHGV4I7gVvCdWWSHcvLXpD8xKHf3K3PwtqASwps8/s400/Power+002+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Cromarty, Saturday 21 August 1993, Westerly veering northwesterly, 4 or 5, occasionally 6. Showers. Good. Da série The Shipping Forecast.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1VEhmM5CvbW_zPQ1B1bOIbMqfJNTtKsIv2WecXhN2RKgM4wb9a-n_rlc1kiaSSR2MiI8857JAUGGMfidcoE9kMBMTUXPK0LacyPrqEKduBFl1yo7bn5yD14lN6AxMjxboQBD4/s400/Power+003+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Trafalgar, Sunday 12 June 1994, Northeasterly 6 to gale 8 decreasing 5 or 6. Fair. Good. Da série The Shipping Forecast.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTNoNa1R2DXm35X6IGAOJyQ4C5520rWWi2I937r8wSNqkvRlu9s5RLMeswE8MMgjhbsqaWAsL5EkwG9ZL_RU_3tCoEnIM6eK9EeddoKaeGvFPjHkQsX5lI6qrRf2FR2_4FwIb_/s400/Power+004+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Saito City, Miyazaki, Japon, 2000. Da série Miyazaki
Em “Buren” na série que fez para o Rijksmuseum de Amesterdão, Power focaliza a sua atenção nas pinturas marítimas. Nesta fotografia é a porta que se abre e quebra a pintura.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs9yURiX_tNNL3I-gFJN6zZ8NF3b_Ub2w2kWKlPSw8G2lCk3REUnFsGv8tS3sBDSAq01NyR43QATLg5oMEWcPVL2GemIHs40Qdc8M6sRyOSAcllsOO61IF7Tni2tT4J7wi58Mv/s400/Power+008+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Den Helder, Pays Bas, 2000. Da série Buren.
Em 2002, a bordo do quebra gelo filandês, Kontio e Fennica, que abre caminho à navegação, Power faz um trabalho para a revista alemã Mare.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMYalkq_bHZ65CfxxpIwdncfnEpEgQXAQRjUwQMuehefBTeRfHIRL-MrBRcy1sNVeePuf2-RDIWZF4A1YGHwx3J3Cud8fhRvRwqNRQg4AaQyN91za-NLRkiSVEDrX9Dr8Io1M6/s400/Power+006+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Pietarsaari, Bay of Bothnia, Finlande, 2002. Da série Icebreaker.
Construção/destruição, o cíclo vital, que Calado compara ao negativo-positivo da fotografia são evidentes na série “Millennium Dome”, a enorme tenda construída em Greenwich para a festa de celebração da entrada no novo milénio,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV1Sk5le2h4YW_osyBbQAOkHCBmvQs80sKnJJM3py9P-yBSqOAeJK2LGfZLO53-8uLBI3POTsPsm0pFICu-ZD3oAEZnPL_k8qnyPMsvMRaBBRB-jxFAyf8oRN-_z-AiX-3yPUx/s400/Power+019+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, London, Angleterre, 1999. Da série The Millennium Dome.
e a série, “The Treasury Project”, a destruição do interior do ministério das Finanças, bem no centro de Londres, testemunho do desmantelamento do interior para uma nova renovação do espaço.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpC3n7a2s4gJJtthchdMitO4xO38pGlyyo1FDa-hil0CQYS65mAgLbhgyQPFClB6RvEC6LfmWv9nPKtMKDE5EPhszo64k1e3nVF6dqib8fSjII-MOwKCw70ap5E_j5ZoRdeRjl/s400/Power+018+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, London, Angleterre, 2001. Da série The Treasury Project.
Mas podemos também incluir, no contraste que sugere o ciclo vital da construção/destruição a série actual sobre a Polónia, que provisóriamente chama de “A Sound of two Songs”. O contraste dos novos centros comerciais
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi11c6zQo3o1IUAASglf506HY2tLGBWjaATcVUwe34qi2l9X5oUxDJTuZze0XiLcPoRKpl9aLISwwVPBCvBSwY_S0s7aTBguhhENuC6TQkAx_koAOiKRXbnl6P4jDzYKWPP8feZ/s400/Power+010+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Warszawa, Pologne, 2004. Da série A Sound of Two Songs.
e os edifícios ao abandono.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNqiZtQKEQaa6wPi6Mhcg5Q4uovg8_ILS6Z25i0qtvjhbhvpMZUIZbiICzhOdAPlBiObXbp63kHbYGFqaexr_oATWXobWTNDwwf0mUHCOiFBw8Snnjiu8EzrYj4NExfVNa8MKz/s400/Power+011+%5B800x600%5D.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNqiZtQKEQaa6wPi6Mhcg5Q4uovg8_ILS6Z25i0qtvjhbhvpMZUIZbiICzhOdAPlBiObXbp63kHbYGFqaexr_oATWXobWTNDwwf0mUHCOiFBw8Snnjiu8EzrYj4NExfVNa8MKz/s400/Power+011+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Zyardów, Pologne, 2005. Da série A Sound of Two Songs.
Organização e design da imagem, não escaparam a Jorge Calado, e logo no início da exposição, ressaltam as formas geométricas, as linhas e curvas “tão características no trabalho de Power”.
Organização e design da imagem, não escaparam a Jorge Calado, e logo no início da exposição, ressaltam as formas geométricas, as linhas e curvas “tão características no trabalho de Power”.
“Por vezes tudo se conjuga para evocar o suprematismo construtivista de Kazimir Malevitch e de El Lissitzky”, como nesta fotografia que utiliza para capa do catálogo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFP2ygQuWM2eeX4BMmcRyrSbsJGhjc8DLFtXB_Ufpoktznm9sctt1qy-Z0906NbW8lJc5HCrbxfuXNlVtkPfCbl9ZRmYA2v32ylusWVpmxkNuxSfDSCqYV2q6_mbt5BEQb8-3D/s400/Power+%5B800x600%5D.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFP2ygQuWM2eeX4BMmcRyrSbsJGhjc8DLFtXB_Ufpoktznm9sctt1qy-Z0906NbW8lJc5HCrbxfuXNlVtkPfCbl9ZRmYA2v32ylusWVpmxkNuxSfDSCqYV2q6_mbt5BEQb8-3D/s400/Power+%5B800x600%5D.jpg)
E para terminar a introdução do catálogo, Jorge Calado escreve “ Para terminar, gostaria de referir o prazer, como português, de ter concebido e realizado uma exposição de um artista inglês em Paris. Penso que são com estes pequenos gestos que a Europa se constrói”. Poderia terminar este post com a série Airbus A380,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWOdKtXsQt1a-nbYqeHV7Q0iWIBDKqzoC6M7V6Emqw1CmDHnw5K5rkNkjnOpGyGUQRc_j4CPD6GcM_Pk4Xk4fv2shIcpB-rBVQ2taYgYhlSDHCKIExW9kDpWVL5Ycz4cgwYtds/s400/Power+012+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, St.Nazaire, France, 2004. Da série Airbus A380.
um verdadeiro trabalho pan-europeu, onde a França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica e Itália, estiveram implicados na construção do maior avião comercial. Mas ao fazê-lo omitiria a mais valia, que a moradia, o nº51 da Avenue de Iéna, a antiga residência em Paris de Calouste Gulbenkian proporcionou a Jorge Calado.
Em contraste com o modelo “white cube” dos museus contemporâneos, em que cor e ornamento são totalmente banidos para não distrair o visitante, (em Serralves os extintores até foram pintados de branco), na belíssima moradia do nº51 da Avenue de Iéna, ornamentos e diversidade de materiais não faltam. “Espaço difícil para expôr” dizem alguns entendidos, não o foi para Jorge Calado, que antes o soube aproveitar. A imponente escadaria, o centro do espaço, duas fotografias acompanham a subida.
A primeira, o par de namorados fotografados na Polónia, “numa cidade que lembra o urbanismo metafísico de Giorgio De Chirico”, os arcos da sala do rés-do-chão parecem duplicar a cidade de Chirico.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwSj-z4BE9RCxWrTeEUc_FvnRaIC3B7D6CMbbwWPoGviJq8zJbBg1hHkD_I0OBlOCNMcT-3RIW2_cjBT_3Sivsvcnzr7Qx1COxgExD5v6m9ZjSkAM2TXNJqOl02Gj6eRcI-BzN/s400/Power+013+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Nowa Huta, Pologne, 2006. Da série A Sound of Two Songs.
Logo a seguir, uma fotografia da série da renovação do ministério das finanças em Londres, “com uma mesa que lembra a forma de um croissant”,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbkbbTLccxGARLUEgQX5pcwcwcPv2AOtT4kyW9ZQFLSXy9iEtl4fe3OLgeqCCeoCHkn9gjtl2NO0kON1dXuUXbxf02_JB2V7TfChbJJYL_r0qa7-dgyuSJSa63luIDs5F1ylbt/s400/Power+014+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, London, Angleterre, 2002. Da série The Treasury Project.
lembrou-me a mim uma fotografia de László Moholy-Nagy,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmUbAHbjk1q0kNaOShC7hFB6dbqT_sPc8E6zETSEGBHXo6U9Z8xh79BvvA3-pU99Pk8T1bjyFVBgAWhyphenhyphenTyCPkjBldQeFuY9LffI7qOBLaIClfOk8cwy5KR2UeCjehKIRaGTNS/s400/Moholy.jpg)
László Moholy-Nagy, Untitled, s/d.
pela semelhança das distorções opticas causadas. Moholy-Nagy, o apologista da experimentação de novos ângulos de visão, utilizou com frequência as vistas em picado, e no cimo das escadas, olhamos para baixo, tal como Moholy-Nagy e Mark Power. Na fotografia de Moholy-Nagy, o homem, no canto inferior direito está de pé ou deitado? Em “London, Angleterre” o cartão do canto inferior direito, está colado numa parede ou serve para os trabalhadores não sujarem o chão?.
Se “Toulouse, France” lembrou a Jorge Calado o suprematismo construtivista de Malevitch e El Lissitzky, “London, Angleterre” lembrou-me a “Nova Visão” de Moholy-Nagy.
Mas antes de chegarmos ao andar superior e ainda no rés-do-chão, junto a uma outra escadaria que leva a um pequeno vestíbulo, a semelhança das curvas do corrimão e do carro parecem evidentes,
Mas antes de chegarmos ao andar superior e ainda no rés-do-chão, junto a uma outra escadaria que leva a um pequeno vestíbulo, a semelhança das curvas do corrimão e do carro parecem evidentes,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5lAG18azF5uaxqqL2B_PZE3CVCDhrEHbDxo96iZr8M0iDWh7nf7bwQS_YcqZvUQhoAbxmpCENpsCyrHnC2VS5zf4KwZpfYlL7STL82dpRPF8VzruTexOLimpr-OlB0BXhqj9C/s400/Power+015+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Warszawa, Pologne, 2006. Da série A Sound of Two Songs.
e logo em baixo, no pequeno vestíbulo, a barra, que representa o mar pintado de “Den Helder, Pays Bas”, assemelha-se à barra do fresco pintado ao lado.
No cimo da escadaria principal, “Kielce, Pologne” repete o rectângulo da porta e da coluna e os ornamentos de ferro da escadaria.
No cimo da escadaria principal, “Kielce, Pologne” repete o rectângulo da porta e da coluna e os ornamentos de ferro da escadaria.
Finalmente, as àrvores solitárias da Polónia, “Krzyzówka, Pologne”
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9FNnfXjO8JjLK1BAbn9NTbe8tnYPB_OyLyW_21qH3hYfFshqY2nSatofY7oR8_eSFjI00CXb8qBkggnv9qTgt_D5Me_QJc9h7fMr7zucVqmDj7h3mOq-ETHFmxR09ipEOl_Dc/s400/Power+016+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Krzyzówka, Pologne, 2004. Da série A Sound of Two Songs.
e “Stezyca, Pologne”
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRgKpGghTZfY2LXBzs5w6lKiQXKeSfpOBgXdL-u6DigCWEjO-XS0jFqLwcNxnNqj1d8WmhmNBngmfCeGDR1dK4PzurIQrdwUSu4U0LckRBUd3ruOM6cyz2bz6cM-vrbNBFGi1L/s400/Power+017+%5B800x600%5D.jpg)
Mark Power, Stezyca, Pologne, 2005. Da série The Sound of Two Songs.
entermeiam com as àrvores despidas da rua.
“Trata-se de uma escolha que pretende mostrar a originalidade e a unidade da sua obra” escreve Jorge Calado no catálogo. Com as fotografias tiradas da exposição tento mostrar a originalidade e a unidade da obra de Jorge Calado.
Sem comentários:
Enviar um comentário