![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuM5ViYnatbZgYJemW4swZGe5pkITmyKxCoxq8ohyRqhAai4HlHlUOv2m5_Y3syX1Djd7eufuqG57gwS_xbaS0mq60hdZrYDsRNbdvZ31FSjgICelCxxRMXqVk9Za1vUyWc0_zdA/s400/F+002+%5B1024x768%5D.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 30.12.2001
A resposta da Europa à crise mundial foi ontem anunciada por Durão Barroso, ao propor um plano de medidas para estimular a economia : investimentos em infra-estruturas, redução de impostos, apoio aos sectores em maiores dificuldades, reforço das ajudas sociais aos desempregados… Cada Estado-membro, em função de sua situação específica, tem agora luz verde de Bruxelas para subir a despesa.
O Pacto de Estabilidade e Crescimento de 1997, que limita o défice público a 3% do PIB e a dívida pública a 60% do PIB, é agora flexibilizado até 2010. No telejornal da noite, Sócrates mostrava-se satisfeito com as medidas que apoiam os investimentos públicos que já anunciou,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5VEdOFYqmdsWAK5eVqNHY2Bv9_o58eIwKY1sBEYliYvHKg_tmC3Mpf7vEztgZZZdh8Lff86dUoMu2PnwhqGWWer2JK8i0UKEmOZuitIrA50QWA7O1gILmngZBDfRGyB7pDlJT5Q/s400/F+003.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 28.10.2002
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibjedNe5nq5sJBd3E3L-nH5L3c40nN2I9a4WovddM3I8ILGjJM8kQcYEGh00j0xCZ3M8F1YDFCnmrRzWrbj9IwLEuVIH_ckb472J8x2rtcQffTmocuw07PWheLjb0rPc5iuZwzvw/s400/F+001+%5B1024x768%5D.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 15.09.2002
reduzir os impostos está para o Primeiro-Ministro fora de causa, mas o partido da oposição, na voz da líder, “suspenderia os mega-projectos de investimentos não rentáveis e com essa despesa provavelmente baixaria os impostos”.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHdmbXL4fQT71Rdvr_eQOh_2k6mY_id_OdAjcubYMHDv9HN8N5ZBesV6wr0rxbiucZnSY711Ro_vr7PnLv6lLv9SkvvC6PHDHKjqNxglSQyJQP91-iHh5ZC2AdsW36P_FIw0MPCA/s400/F+005+%5B1024x768%5D.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 22.10.2000
Não precisamos de ouvir mais para perceber o equívoco europeu que Jacques Delors definiu numa frase: “A União é um Ferrari com um motor de 2CV”. Se para o cidadão comum europeu a Europa é um super Estado, o tal Ferrari, com um poder tentacular que se imiscuiu na vida de cada um de nós - é Bruxelas que decide como devemos fabricar o queijo da Serra, como os franceses devem fabricar o camembert...e tudo o mais que tão bem conhecemos e criticamos - no que respeita à crise mundial, cada Estado-membro é livre de decidir e de agir como preferir.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9BJCWqsHgEDj_qh44PqYlycjG22SlHY5bPX5lUMk9f9ZM-ctUNjGvXOXYbJYSyL-PvhSMk4NkKVae7wGs7LkksSRJRKEm8cpdEvlnC6iQCiWtoRmQ6ZHpysbnwtHavkMVUdlzsQ/s400/F+008.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 24.08.2002
Será que podemos então dizer que Bruxelas nos governa? É esta desproporção, um excesso de regulamentação uniformizadora que tanto repudiamos e um vazio na prevenção e acção colectiva em situações de crise, como a que vivemos actualmente, que levou franceses, holandeses e irlandeses a votarem “não” aos sucessivos Tratados.
Podemos dizer que hoje a União europeia se restringe a um mercado organizado de livre troca entre mercadorias, serviços, capitais e trabalhadores entre Estados, o grande salto para uma federação, como sonhava Delors – a passagem de um mercado comum para uma união política, está longe de existir. A concertação dos ministros das finanças no seio do Eurogrupo é um bom exemplo do teatro que é o palco europeu, onde cada um promete que respeitará as responsabilidades tomadas em comum para em casa ignorar ou fazer precisamente o contrário.
De que serviu a agenda ambiciosa – “tornar a União na economia mais competitiva do mundo” que os chefes de Estado acordaram no Concelho europeu de Lisboa no ano de 2000? Não se tornou a União espectadora, cruzando os dedos, esperando que cada Estado realizasse as reformas com que se comprometeram? Passaram oito anos - é a União Europeia a economia mais competitiva no mundo?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6LsDQb6NoyjyM3rNvqhyphenhyphen6SxHUMryI3gHPn23pD2_gDz3HefeJtVasEiYshRkKMgPRr7zJbClVHWuy_Gi7zVLOgx7a3fa5_6m9Q0x0YrPBvlNUCzR-N6C9MnJ5Lw5rHePOuF_SAw/s400/F.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 20.06.2003
Porque continua a Europa a sonhar com uma União política?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtCLlMgRbb7EWuSIVmmuVSoqPg4f_ce3sQNR5in0-xF8Zx8lSTgeC-Ho5VYIQHuKsT_3uClsg4lR6oWYzg34e6Q5qtLJYTQsWc9lS4Zuy3jk7VrZ67pyZWl5Ba64KfYFNBB6DLqw/s400/F+007+%5B1024x768%5D.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 25.05.2003
Se o Banco Central Europeu se revelou um banco forte e qualificado para comandar e guiar uma política monetária de um euro credível, porque não se centra a Europa naquilo que sabe fazer e deixar as burocracias que tanto a embrulharam?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVYaHOT0ywvLavUojSMqAC_mT1HiBymYexs3IeHpN0wIOXYbVXMhcs3kElyEON6GWaxYKtRlujO_I2tXlqDCCoEg4cH7JUnPpynZNR77C1cY9stRsRTCjW_c0ZPzFWX-GoLVwszA/s400/F+004+%5B1024x768%5D.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 30.01.2000
Agora resta-nos cruzar novamente os dedos e esperar que dentro de dois anos, 2010, (como propôs Durão Barroso), que o Pacto de Estabilidade e Crescimento entre novamente nos eixos. Em 2010 Trichet tem este discurso
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihb_cLccLebswWhCrSIfYEQIfWnLSpuUsXQDsi7bIp9Uqa0h6O4xwQqbn26xr4P3YFKzuXO3m7_QVJebySR6bmmB4zF4gInlyEAiZTuzQv3y5rs8mEW3MlJB_pElnJYvWU6abPdA/s400/F+006+%5B1024x768%5D.jpg)
Nikos Markou, do livro Cosmos, Grécia, 15.10.2002
Ler mais...