
Andreas Feininger, do livro "New York in the Forties"
O primeiro edifício a ultrapassar a torre Eiffel em altura foi o Chrysler Building, (1930). O magnata do automóvel de Detroit, Walter P. Chrysler, disse ao arquitecto, William van Allen, que queria o edifício mais alto do mundo.

Berenice Abbott do livro "Changing New York", Contrasting 331 East 39th with Chrysler Building and Daily News Building
Na baixa, em Wall Street, já estava em construção o Banco de Manhattan e também ele queria ser o edifício mais alto do mundo. Van Allen enganou o seu rival e fez saber que o Chrysler Building, atingiria uma altura de 280m. O Banco de Manhattan em resposta acabou atingindo os 285m. Mas em segredo, Van Allen construíra uma agulha de 55m, que a içou para o topo do Chrysler - a vitória era dele.

Elliott Erwitt, New York, 1955
Nova Iorque parecia enlouquecer com a corrida na vertical e os recordes em altura não se mantinham por muito tempo,

Louis Stettner's do livro "New York", Chrysler Building looking east from Times Square, 1987
pois em poucos meses, o Chrysler Building era ultrapassado por uma torre, a apenas alguns quarteirões de distância, que se tornou ainda mais famosa - o Empire Estate Building. Agora era o magnata da General Motors, John Jakob Raskob, que festejava a vitória.

Lewis Hine, Construção do Empire Estate Building, do livro "Men at Work", 1932
O horizonte alterado e crescente de Nova Iorque era algo que a Europa nunca vira, e os arranha-céus, como lhes chamaram, tornaram-se para os americanos - símbolo de ambição e poder.

Margaret Bourke-White, DC-4 flying over Manhattan, 1939
Um passo separa o poder da fantasia, e o edifício de Walter Chrysler, para além do mais alto, tinha de ser exuberante e original, um verdadeiro hino aos carros que o tornaram famoso e rico. A estrutura de ferro revestida de metal polido era decorada com emblemas da era automóvel.

Margaret Bourke-White, Chrysler Building, New York City, 1931
As janelas triangulares nas arcadas da agulha sugerem os raios de uma roda, e no 30ª andar, as goteiras, em forma de águias, assemelhavam-se às enormes tampas de radiador dos Chrysler.

, Berenice Abbott, detalhe das gosteiras no 30º andar.
O Chrysler Building, se rapidamente era ultrapassado em altura, conseguiu contudo a proeza de se tornar no edifício símbolo de uma empresa em toda a América.
Hoje a notícia da compra de 75% do Chrysler Building por um fundo de Investimento de Abu Dhabi, pôs os habitantes de Nova Iorque doentes, “este edifício é um símbolo para nós, e agora vemos os ricos do petróleo levaram-nos o que é nosso, é inconcebível…”.
“Things are just gloomy elsewhere in Detroit... On June 26th Chrysler was led to deny rumours that it was preparing to file for bankruptcy, after drawing down a $2 billion credit line from its owners”, lia-se na revista “The Economist” da semana passada.
Um provérbio africano diz o seguinte:
“Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que o leão mais veloz, ou será morta.
Todas as manhãs, um leão acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa do que a gazela mais lenta, ou morrerá de fome.
Não interessa quem é o leão ou a gazela.
Quando o sol se levantar será bom que corras”.
Belo post, e com fotos fantásticas como sempre.A Madalena estraga os leitores com mimos.Keep on running..please.
ResponderEliminaralmagrande os bons fotógrafos, que são muitos, (basta também entrar no seu blog), é que nos estragam com mimos, e enquanto eles me inspirarem...
ResponderEliminar