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Com o calor pensamos em banhos, e lembrei-me que guardara uma reportagem “Tudo a Banhos”, publicada pela revista “Volta ao Mundo” há já alguns anos.
Recebo gratuitamente esta revista e tenho por hábito folheá-la ao acaso. Deparei com estas fotografias sem saber quem as tirara, a revista não menciona o(s) fotógrafo(s).
Recebo gratuitamente esta revista e tenho por hábito folheá-la ao acaso. Deparei com estas fotografias sem saber quem as tirara, a revista não menciona o(s) fotógrafo(s).
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Gostei das fotografias, para mim tinham algo de diferente de tantas outras, e como também é meu hábito rasguei a reportagem para a guardar. Só depois reparei em Magnum Photos por cima do título da reportagem.
Assino a revista Aperture, e há cerca de uma semana recebi em casa o último número (187) Summer 2007. Gerry Badger num interessante artigo “Mission Impossible? 60 years of Magnum”, interroga se a célebre agência conseguirá sobreviver por mais 60 anos. Pensei num post sobre a Magnum, e o que aconteceu foram dois posts, os dois últimos, de dois livros com fotografias da Magnum. Hoje, com este calor horrível lembrei-me “Tudo a Banhos”, e novamente a Magnum a perseguir.
Como consegue sobreviver a Magnum é uma dúvida para a qual não tenho resposta, julguei obtê-la no artigo de Badger, mas a dúvida persiste...
Um pouco de história das agências, já que as histórias da fotografia raramente falam delas.
Já aqui escrevi sobre as revistas alemãs e da francesa Vu. É na década de 1920, que nascem as agências fotográficas, como a Keystone, 1927, da família Garai. Tinham por vocação vender o trabalho dos fotógrafos às revistas e jornais, mercado que proliferava.
A família Garai, criou agências em todo o mundo, Paris, Berlim, Londres, Viena, Nova Iorque, Rio de Janeiro...estava montado o sistema.
O mercado americano despertava, era a vez da agência Black Star em 1935.
Depois da guerra, 1947, é a vez da Magnum, diferente das outras no conceito, tratava-se de uma cooperativa, e o seu eixo passava por Paris e Nova Iorque.
No mercado americano surgia a revista Life, a Look... Nessa época as agência telegráficas desenvolveram os seus serviços fotográficos, que permitiam uma rápida transmissão das fotografias.
Nos anos 60, é a vez da agência Gamma, 1966, que representa uma nova geração de fotógrafos. Impõe-se no mercado francês e americano com a cobertura da guerra dos seis dias, o movimento estudantil de Maio 68, a guerra do Vietname...Ao fim de três anos é a maior em termos de volume de negócios. Em 1972 será a agência Viva, que também já aqui falámos. Em 1973, quando a revista Life já encerrara, surge a agência Sygma. Todas estas agências, Sygma, Gamma, Viva, Magnum...enviam todos os dias a sua produção para mais de cinquenta países, mas a crise aproxima-se com a televisão, o público prefere as notícias em movimento.
Em 1987 a AFP (Agence France Press) transmite fotografias a cores via satélite, entramos numa outra era, a era da fotografia digital.
Em 1999, a Corbis, criada em 1989 por Bill Gates com o nome Interactive Home Systems, “the place for pictures on the internet”, compra a Sygma e todo o seu arquivo fotográfico.
A Magnum passa pelas mesmas dificuldades, primeiro a televisão, agora a internet. O fotojornalismo torna-se o parente pobre da fotografia. Os fotógrafos preferem vender em galerias, temos o exemplo recente de Luc-Delahye, que deixa a Magnum para trabalhar com galerias.
Vivemos numa época em que qualquer um de nós, com o telemóvel, tira fotografias aos acontecimentos que nos rodeiam, a época de ouro do fotojornalismo já era. A Magnum como refere Badger “needs new vision to survive”. Alec Soth,
Assino a revista Aperture, e há cerca de uma semana recebi em casa o último número (187) Summer 2007. Gerry Badger num interessante artigo “Mission Impossible? 60 years of Magnum”, interroga se a célebre agência conseguirá sobreviver por mais 60 anos. Pensei num post sobre a Magnum, e o que aconteceu foram dois posts, os dois últimos, de dois livros com fotografias da Magnum. Hoje, com este calor horrível lembrei-me “Tudo a Banhos”, e novamente a Magnum a perseguir.
Como consegue sobreviver a Magnum é uma dúvida para a qual não tenho resposta, julguei obtê-la no artigo de Badger, mas a dúvida persiste...
Um pouco de história das agências, já que as histórias da fotografia raramente falam delas.
Já aqui escrevi sobre as revistas alemãs e da francesa Vu. É na década de 1920, que nascem as agências fotográficas, como a Keystone, 1927, da família Garai. Tinham por vocação vender o trabalho dos fotógrafos às revistas e jornais, mercado que proliferava.
A família Garai, criou agências em todo o mundo, Paris, Berlim, Londres, Viena, Nova Iorque, Rio de Janeiro...estava montado o sistema.
O mercado americano despertava, era a vez da agência Black Star em 1935.
Depois da guerra, 1947, é a vez da Magnum, diferente das outras no conceito, tratava-se de uma cooperativa, e o seu eixo passava por Paris e Nova Iorque.
No mercado americano surgia a revista Life, a Look... Nessa época as agência telegráficas desenvolveram os seus serviços fotográficos, que permitiam uma rápida transmissão das fotografias.
Nos anos 60, é a vez da agência Gamma, 1966, que representa uma nova geração de fotógrafos. Impõe-se no mercado francês e americano com a cobertura da guerra dos seis dias, o movimento estudantil de Maio 68, a guerra do Vietname...Ao fim de três anos é a maior em termos de volume de negócios. Em 1972 será a agência Viva, que também já aqui falámos. Em 1973, quando a revista Life já encerrara, surge a agência Sygma. Todas estas agências, Sygma, Gamma, Viva, Magnum...enviam todos os dias a sua produção para mais de cinquenta países, mas a crise aproxima-se com a televisão, o público prefere as notícias em movimento.
Em 1987 a AFP (Agence France Press) transmite fotografias a cores via satélite, entramos numa outra era, a era da fotografia digital.
Em 1999, a Corbis, criada em 1989 por Bill Gates com o nome Interactive Home Systems, “the place for pictures on the internet”, compra a Sygma e todo o seu arquivo fotográfico.
A Magnum passa pelas mesmas dificuldades, primeiro a televisão, agora a internet. O fotojornalismo torna-se o parente pobre da fotografia. Os fotógrafos preferem vender em galerias, temos o exemplo recente de Luc-Delahye, que deixa a Magnum para trabalhar com galerias.
Vivemos numa época em que qualquer um de nós, com o telemóvel, tira fotografias aos acontecimentos que nos rodeiam, a época de ouro do fotojornalismo já era. A Magnum como refere Badger “needs new vision to survive”. Alec Soth,
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Alec Soth, Winona, Minnesota, 2002
um membro recente da agência, vende as suas fotografias para galerias mas “he believes in making photographs about the world, not about art” diz-nos Badger. Contudo com todas as mudanças, Badger acredita que o espírito da agência se mantém, uma das suas mais valias, diz-nos, é o seu arquivo, e há poucos anos resistiu à oferta da Getty Images.
Mas até quando?
Mas até quando?
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